"O Voo da Garça" em SC
10/05/2013 22:01
Jhon apresenta a figura humana de Chico Xavier
Seminários do principal biógrafo pedro-leopoldense de Chico Xavier mobilizam movimento espírita em Florianópolis e Barra Velha
Momentos de muita emoção e espiritualidade, aliados a grandes reflexões sobre a vida do médium Chico Xavier, foram vivenciados neste sábado, dia
13/10/2012, e domingo, dia 14/10/2012, em Florianópolis e Barra Velha, respectivamente, durante os seminários proferidos pelo pesquisador, professor e psicólogo Jhon Harley Moreira Marques
Jhon é considerado o principal biógrafo de Francisco Candido Xavier em sua terra natal, Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, e apresentou nas cidades catarinenses temáticas constantes do seu seu livro “O Voo da Garça”, da Editora Vinha de Luz, primeira biografia de Chico escrita por um pesquisador da terra natal do médium.
Em seminários promovidos na Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna (SEOVE), em Florianópolis, e no Centro Espírita Jesus de Nazaré (CEJN), em Barra Velha, Jhon destacou que o principal objetivo do livro foi enaltecer a figura humana de Chico Xavier, distanciando-a de muitas obras que abordam o líder religioso como um mito.
Utilizando instrumentos e orientações do campo da História, principalmente no que diz respeito ao uso e à interpretação das fontes orais, escritas e iconográficas disponíveis, na obra o autor transita entre o acadêmico e o poético, fazendo uma analogia entre uma revoada de garças, ocorrida em 2 de abril de 1910, e a permanência de uma delas entre nós.
Segundo Moreira Marques, eleito no último dia 3 de outubro “o brasileiro mais importante de todos os tempos”, após votação popular contabilizada pela emissora SBT, Chico é provavelmente o brasileiro mais biografado de todos os tempos – mais de 200 autores falaram sobre sua vida.
Na psicografia, o médium atingiu um recorde absoluto – 466 livros publicados até agora – e 75 anos de absoluta renúncia. Nas palestras, Jhon mostrou que apesar dessa vida incrível e dos fenômenos, incompreensões e desafios que o cercaram, Chico era absolutamente humano. “Muitos mitificaram o Chico, mas eu falo do homem que conheci e convivi por 21 anos”, observa Jhon Harley.
Detalhes curiosos da vida de Chico foram apresentados em fotos, durante as exposições: a pobreza em que a numerosa e simplória família vivia por volta de 1910, ano em que Chico nasceu; a primeira professora e os primeiros patrões; as casas onde ele foi criado e a igreja católica que frequentava; a primeira sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga, fundado pelo médium e seu irmão, José Xavier.
Um detalhe chamou atenção de Barra Velha: fotos inéditas do monsenhor Sebastião Scarzello, o padre que protegeu Chico da incompreensão familiar e popular, já que o menino era considerado “aluado”- ou seja, um lunático, pois não se compreendia a mediunidade que o cercava.
“Foi o padre Scarzello que conseguiu o primeiro emprego, na fábrica de tecidos, para o Chico, que começou a trabalhar aos 10 anos de idade”, destacou Jhon. Esse emprego, segundo Marques, protegeu Chico de uma internação em sanatório.
Anos depois da vivência com Chico, o padre, depois monsenhor, veio para o interior de Barra Velha, atualmente onde está Santa Cruz, hoje pertencente a São João do Itaperiú. O padre atuou no Patronato do Morro dos Monos, em Santa Cruz, e em seguida, mudou-se para Joinville, onde, já idoso, veio a ser falecer e onde está sepultado.
132 livros presenteados
Jhon ainda detalhou experiências emocionantes vividas por ele junto de Chico: os 132 livros que ganhou dele, as madrugadas de atendimento junto às famílias desesperadas, plantões em frente à casa do Chico, esperando para poder ser recebido em momentos em que familiares do médium o preservavam, além das visitas feitas por Chico à casa dos pais de Jhon.
“Chico era absolutamente respeitoso com as religiões. Minha mãe era católica, apostólica, romana, brasileira e pedro-leopoldense”, brincou Jhon. “Um dia, o Chico me perguntou qual era o santo de devoção de minha mãe. Eu disse que era Nossa Senhora da Conceição”, relata. “Então, certa feita chegamos visitá-lo em Uberaba e ele veio em direção à minha mãe, com uma foto de Nossa Senhora da Conceição, autografada por ele. Era o respeito do Chico às religiões”, acrescentou o autor.
Ainda de acordo com Jhon, sua obra é apenas mais uma contribuição para compreender a figura humana do médium mineiro, embora não seja a única visão sobre esse religioso que marcou todo um século.
As palestras em Santa Catarina, segundo o dirigente espírita e psicólogo Luiz Mello, de Florianópolis, já foram um evento preparatório para o 9º Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra, confirmado para acontecer no ano de 2016, em Florianópolis.
Momentos de muita emoção e espiritualidade, aliados a grandes reflexões sobre a vida do médium Chico Xavier, foram vivenciados neste sábado, dia

Jhon é considerado o principal biógrafo de Francisco Candido Xavier em sua terra natal, Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, e apresentou nas cidades catarinenses temáticas constantes do seu seu livro “O Voo da Garça”, da Editora Vinha de Luz, primeira biografia de Chico escrita por um pesquisador da terra natal do médium.
Em seminários promovidos na Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna (SEOVE), em Florianópolis, e no Centro Espírita Jesus de Nazaré (CEJN), em Barra Velha, Jhon destacou que o principal objetivo do livro foi enaltecer a figura humana de Chico Xavier, distanciando-a de muitas obras que abordam o líder religioso como um mito.
Utilizando instrumentos e orientações do campo da História, principalmente no que diz respeito ao uso e à interpretação das fontes orais, escritas e iconográficas disponíveis, na obra o autor transita entre o acadêmico e o poético, fazendo uma analogia entre uma revoada de garças, ocorrida em 2 de abril de 1910, e a permanência de uma delas entre nós.
Segundo Moreira Marques, eleito no último dia 3 de outubro “o brasileiro mais importante de todos os tempos”, após votação popular contabilizada pela emissora SBT, Chico é provavelmente o brasileiro mais biografado de todos os tempos – mais de 200 autores falaram sobre sua vida.
Na psicografia, o médium atingiu um recorde absoluto – 466 livros publicados até agora – e 75 anos de absoluta renúncia. Nas palestras, Jhon mostrou que apesar dessa vida incrível e dos fenômenos, incompreensões e desafios que o cercaram, Chico era absolutamente humano. “Muitos mitificaram o Chico, mas eu falo do homem que conheci e convivi por 21 anos”, observa Jhon Harley.
Detalhes curiosos da vida de Chico foram apresentados em fotos, durante as exposições: a pobreza em que a numerosa e simplória família vivia por volta de 1910, ano em que Chico nasceu; a primeira professora e os primeiros patrões; as casas onde ele foi criado e a igreja católica que frequentava; a primeira sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga, fundado pelo médium e seu irmão, José Xavier.
Um detalhe chamou atenção de Barra Velha: fotos inéditas do monsenhor Sebastião Scarzello, o padre que protegeu Chico da incompreensão familiar e popular, já que o menino era considerado “aluado”- ou seja, um lunático, pois não se compreendia a mediunidade que o cercava.
“Foi o padre Scarzello que conseguiu o primeiro emprego, na fábrica de tecidos, para o Chico, que começou a trabalhar aos 10 anos de idade”, destacou Jhon. Esse emprego, segundo Marques, protegeu Chico de uma internação em sanatório.
Anos depois da vivência com Chico, o padre, depois monsenhor, veio para o interior de Barra Velha, atualmente onde está Santa Cruz, hoje pertencente a São João do Itaperiú. O padre atuou no Patronato do Morro dos Monos, em Santa Cruz, e em seguida, mudou-se para Joinville, onde, já idoso, veio a ser falecer e onde está sepultado.
132 livros presenteados
Jhon ainda detalhou experiências emocionantes vividas por ele junto de Chico: os 132 livros que ganhou dele, as madrugadas de atendimento junto às famílias desesperadas, plantões em frente à casa do Chico, esperando para poder ser recebido em momentos em que familiares do médium o preservavam, além das visitas feitas por Chico à casa dos pais de Jhon.
“Chico era absolutamente respeitoso com as religiões. Minha mãe era católica, apostólica, romana, brasileira e pedro-leopoldense”, brincou Jhon. “Um dia, o Chico me perguntou qual era o santo de devoção de minha mãe. Eu disse que era Nossa Senhora da Conceição”, relata. “Então, certa feita chegamos visitá-lo em Uberaba e ele veio em direção à minha mãe, com uma foto de Nossa Senhora da Conceição, autografada por ele. Era o respeito do Chico às religiões”, acrescentou o autor.
Ainda de acordo com Jhon, sua obra é apenas mais uma contribuição para compreender a figura humana do médium mineiro, embora não seja a única visão sobre esse religioso que marcou todo um século.
As palestras em Santa Catarina, segundo o dirigente espírita e psicólogo Luiz Mello, de Florianópolis, já foram um evento preparatório para o 9º Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra, confirmado para acontecer no ano de 2016, em Florianópolis.